Breve Histórico sobre o Défice Cognitivo

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     As concepções relativas à pessoa com deficiência que foram sendo edificadas, desde a Antiguidade até à actualidade.

     Na Antiguidade, a pessoa com deficiência mental e/ou física era considerada como algo sub humano, ou seja, era encarada como algo apenas material e não espiritual como o ser humano se caracteriza. Sendo portanto normal, naquela época, a eliminação do homem e o abandono de indivíduos com diferença. Pois a sociedade de então encontrava-se muito padronizada por ideais estéticos, atléticos e guerreiros e consequentemente o que se desviava destes padrões era rejeitado.

     Na Idade Média, o indivíduo com deficiência mental ou motora adquire a dimensão espiritual, transpondo a dimensão física, passando a ser considerado igual a todas as outras pessoas, visto que todos seriam Filhos De Deus. Deixam, então de ser executadas mas eram tratadas a partir de uma relação ambígua de protecção-segregação, ou seja, era estabelecida uma relação de caridade, pois era garantido o alojamento e a alimentação, ainda que tais acontecimentos tivessem como finalidade esconder e isolar aqueles que eram considerados inúteis, incómodos à sociedade – os diferentes.

     Na Idade Moderna, a Inquisição católica sacrificou milhares de pessoas, hereges (pagão) e deficientes, que eram consideradas como “reencarnações do demónio”, sendo assim a falta de formação básica do povo, pois segundo o psicólogo António Frazão, o orador na palestra dinamizada pelo grupo é a falta de formação que leva as pessoas a criação de superstições e consequentemente à ridicularização, e neste caso à segregação e à morte das pessoas com deficiência.
     Mas foi ainda na Idade Moderna, cerca do século XVIII, o que as pessoas com deficiência começaram a ser tratadas de forma digna e humana, surgindo o Humanismo e os ideais de Liberdade, Fraternidade e Igualdade, com John Locke, sendo marcado este momento com a expressão O Homem vale por si, renasce como pessoa.