Centro João Paulo II

 
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     No dia vinte e três de Outubro de dois mil e nove, pelas dez horas e cinquenta, visitámos o Centro João Paulo II. Inicialmente, encontrámo-nos com a Dr.ª Engrácia, directora do Centro, que nos encaminhou para os fisioterapeutas André Manalvo e Inês Oliveira. Um dos objectivos desta visita era conhecer uma sala snoozelen, possibilidade que nos foi concedida pela instituição. Nesta sala efectuam-se estímulos visuais, auditivos e sensoriais, que permitem o desenvolvimento da psicomotricidade dos utentes.

     Posteriormente, efectuámos uma visita guiada ao estabelecimento, o que nos permitiu compreender o funcionamento do mesmo. O centro está subdividido em diversas “casas” onde os seus usuários habitam. Cada módulo é independente, sendo constituído por quartos (individuais e de grupo), cozinha, casa de banho e sala de convívio. Na sua rotina, os utentes dirigem-se para as suas escolas (como por exemplo a Escola dos Moinhos e o CRIF) ou para outras actividades (centros ocupacionais, terapias, …). Nos centros ocupacionais realizam-se actividades, como por exemplo tapeçarias tradicionais, malas, esmirna, entre outros.

    A maioria das pessoas que habitam no centro possui dificuldades motoras, necessitando de aparelhos, como cadeiras de rodas, para as suas deslocações. Esta realidade levou-nos a reflectir acerca dos obstáculos que as pessoas com dificuldades motoras ultrapassam diariamente. O vulgar acto de comer pode-se tornar numa tarefa impossível de se realizar sem auxílio. Como tal, queríamos colocar as pessoas “ditas normais” no papel extraordinário desempenhado pelos indivíduos portadores de deficiência motora.

     No final da visita reunimo-nos juntamente com os fisioterapeutas e com a encarregada da animação cultural. Este encontro facultou-nos ideias para a realização de um Dia temático relativamente à Deficiência, no qual pretendíamos apresentar espectáculos (como por exemplo a dança das cadeiras de rodas), jogos adaptados e barraquinhas de venda de produtos. Para tal, era necessário eliminar algumas barreiras arquitectónicas na nossa escola, como por exemplo a colocação de cunhas de madeira amovíveis nos degraus para permitir fácil acesso a todos.

    Terminámos a visita deveras elucidados relativamente ao funcionamento das instituições de solidariedade social portuguesas, considerando, por isso, esta actividade essencial para a evolução do nosso projecto.