Século XIX

     No século XIX, os médicos do mundo ocidental começaram a especializar-se no tratamento dos doentes mentais. Conhecidos como alienistas, os psiquiatras da época trabalharam em grandes asilos, praticando o que era então designado tratamento moral, uma abordagem humana que visa acalmar a agitação mental e restaurar a razão. Durante a segunda metade desse século, os psiquiatras abandonaram este modo de tratamento e, com ele, o reconhecimento implícito de que a doença mental é causada por influências psicológicas e sociais. A sua atenção centrou-se quase exclusivamente, por um tempo, em factores biológicos. Drogas e outras formas de tratamento somático passaram a ser utilizadas regularmente. Duas figuras relevantes dessa época foram o psiquiatra alemão Emil Kraepelin (figura da esquerda), que identificou e classificou os distúrbios mentais num sistema que é a base das práticas modernas de diagnóstico, e o psiquiatra suíço Eugen Bleuler (figura da direita), que inventou a palavra esquizofrenia e descreveu as suas características.
     Mas uma vez que o objecto de estudo da Psiquiatria, a mente humana, é complexo, existiu uma união temporária científica e filosófica da Psiquiatria com a Psicologia, esta última originada a partir da filkosofia em meados do século XIX.