Inclusão Social

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     Antigamente, as pessoas portadoras de deficiência ou incapacidade não eram aceites na sociedade, chegando a ser excluídas, ou quase, da comunidade. Felizmente, o mundo desenvolveu levando a uma maior aceitação da deficiência devido ao aparecimento e ao desenvolvimento de novos pensamentos e mentalidades.

     Apesar de a Assembleia Geral ter adoptado e proclamado a Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo primeiro artigo afirma que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos.”, a realidade é difícil de mudar, especialmente em tempo de crise, no qual o elo mais fraco fica sempre prejudicado.

     A inclusão é um processo que acontece gradualmente, com avanços e retrocessos, visto que o ser humano é complexo e possui heranças antigas, tem preconceitos e diversas perspectivas e visões relativamente ao mundo. O Estado possui obrigações constitucionais e específicas para com os cidadãos portadores de deficiência e incapacidades, sendo uma das mais fundamentais, promover a sensibilização de toda a sociedade para esta problemática. Tal como afirma Nuno Lobo Antunes no livro Mal-Entendidos, “O melhor índice de civilidade de uma sociedade é a forma como lida com os seus cidadãos vulneráveis.”

     Deste modo, a mudança de mentalidades é, no mínimo, tão necessária quanto a disponibilização de uma nova legislação ou recursos.Uma parte significativa da inserção das pessoas com deficiência e incapacidades passa por um olhar diferente e multicultural sobre a escola, a empresa, a cidade e a vida. Mas é também preciso reforçar a cidadania da própria população com deficiência e incapacidades, de formaa que sejam protagonistas activos da sua própria inserção na comunidade.